Fragmentos de uma mente

Deixem-me em paz

Venham de onde vierem

Tantas vozes em minha mente

Mas não há ninguém falando

A sanidade se dissipa

Como as sombras ao alvorecer

A luz da verdade

Que destrói minhas ilusões

Em minha mente sou tantos

Que já não sei quem é real

Pois a verdade é a mentira

Na qual se escolhe acreditar

Em um quarto escuro uma criança chora

Enquanto um anjo rasteja pelo limbo

Doente e desacreditado

Um condenado não tem forças para se levantar

Correntes invisíveis

Aprisionam com o peso do chumbo

A fera ancestral que anseia se libertar

O predador está à espreita

Farejando o sangue de uma vitima

Que por ele reza

Deixem-me em paz

O morto roga em sua tumba

A lua é vermelha sobre o deserto

E todos eles vagam em busca de água

Dê-me paz

Eu peço a um deus sem nome

Não quero mais vê-los lutar

Deixem-me em paz

São tantos em minha mente

Que caiam os castelos de areia

Esta noite ninguém pode sonhar

W Nophelim
Enviado por W Nophelim em 18/08/2009
Código do texto: T1759854
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.