Fragmentos de uma mente
Deixem-me em paz
Venham de onde vierem
Tantas vozes em minha mente
Mas não há ninguém falando
A sanidade se dissipa
Como as sombras ao alvorecer
A luz da verdade
Que destrói minhas ilusões
Em minha mente sou tantos
Que já não sei quem é real
Pois a verdade é a mentira
Na qual se escolhe acreditar
Em um quarto escuro uma criança chora
Enquanto um anjo rasteja pelo limbo
Doente e desacreditado
Um condenado não tem forças para se levantar
Correntes invisíveis
Aprisionam com o peso do chumbo
A fera ancestral que anseia se libertar
O predador está à espreita
Farejando o sangue de uma vitima
Que por ele reza
Deixem-me em paz
O morto roga em sua tumba
A lua é vermelha sobre o deserto
E todos eles vagam em busca de água
Dê-me paz
Eu peço a um deus sem nome
Não quero mais vê-los lutar
Deixem-me em paz
São tantos em minha mente
Que caiam os castelos de areia
Esta noite ninguém pode sonhar