dedução

Deixe a música percorrer seu corpo

Como o vento percorre a montanha

Deixe as lágrimas migrarem de sua alma

E se esparramarem por sua face

Cale fundo o silêncio ritualístico

das palavras

Na pausa mística da vírgula

Reflita sobre o sujeito

Tenha misericórdia do objeto

Humanize-o ao ponto de

Ser uma extensão do sujeito

E então vivo e agente

Passará fazer parte de todo ego

Estampado em cores, listras, formas

E em música...

Caminhe sob o ritmo da canção

Embale a alma no lirismo explícito

dos réquiens

tire a sorte do realejo

abra a mão para a cigana

leia os signos em sua volta

e no andor dos anos

pondere,

reflita

conte as folhas caídas no outono

conte as pétalas das primaveras idas

e amanheça no verão próximo.

Caminhe nas trilhas imaginárias

Beba as poções mágicas

socialmente aceitas

E imantada de torpor e

alegria química

tropece na sorte.

E diante de um número qualquer

Dance a ciranda matemática

E na primária aritmética

Deduza o que há por vir.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 14/08/2009
Código do texto: T1754594
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