dedução
Deixe a música percorrer seu corpo
Como o vento percorre a montanha
Deixe as lágrimas migrarem de sua alma
E se esparramarem por sua face
Cale fundo o silêncio ritualístico
das palavras
Na pausa mística da vírgula
Reflita sobre o sujeito
Tenha misericórdia do objeto
Humanize-o ao ponto de
Ser uma extensão do sujeito
E então vivo e agente
Passará fazer parte de todo ego
Estampado em cores, listras, formas
E em música...
Caminhe sob o ritmo da canção
Embale a alma no lirismo explícito
dos réquiens
tire a sorte do realejo
abra a mão para a cigana
leia os signos em sua volta
e no andor dos anos
pondere,
reflita
conte as folhas caídas no outono
conte as pétalas das primaveras idas
e amanheça no verão próximo.
Caminhe nas trilhas imaginárias
Beba as poções mágicas
socialmente aceitas
E imantada de torpor e
alegria química
tropece na sorte.
E diante de um número qualquer
Dance a ciranda matemática
E na primária aritmética
Deduza o que há por vir.