Suga
Suga-me nas pontas dos mamilos!
Arrepias num semitom às notas transpiradas
Do meu ventre.
É dolo,
arruinar-te
Às trevas desta última libido,
Querido!
São saboreadas como ameixas doces,
Pela aflição tua língua, minhas entranhas,
Queimando às labaredas destes beijos.
Suga-me bem no centro do amor!
Tua barba arranha,
À sanha,
De prazer e dor:
Dissabor do que te ofereço,
Neste momento...
Labaredas de desejo
Chamas em teu olhar e corpo.
Sem perceber na loucura do meu desejo
Então me vejo morando em ti.
Somos por minutos uma só criatura
E na ruptura de pudores esquecemos nossos nomes.
Desnecessários valores morais
No quarto apenas dois amantes
Dois inconseqüentes mortais.
O único cheiro no ar é o cheiro do amor
A nos imbuir.
E prosseguir sedentos, por nossos desejos.
Entre suor, loucuras, e beijos.
Posso sentir-me vibrar da nuca aos pés
Sobre o efeito e delírios desse prazer.
Absoluto e enlouquecido.
Entre frases e gemidos.
Findamos nosso doce sabor
Onde sai de mim a ultima gota final
Nada mais posso ofertar-te.
E fica nos teus lábios o que resta de nós
E tu apenas vai levanto uma linha imaginária
De desejos e sonhos
Retornado, como viestes.
Minha amante solitária.
YVE E RODRIGO OLIVEIRA