Paranóia
Era noite de Inverno.
O porque, me perguntava
a noite, lá fora me chamava
E porque o ébano parecia eterno.
Puxei meu cobertor, mas que inferno!
O que era aquele frio que me beijava?
Porque, com o frio eu ainda suava,
Sendo que o reflexo da lua me parecia fraterno?
Ah, se eu pudesse prender a respiração!
Estaria minha sanidade por se desabar?
O que era essa paranóia que eu estava a presenciar?
Paranóia, essa, que distanciava-me de uma solução.
Perguntava-me se a loucura ia me tomar.
Não! Dessa vez não!
Espantei essa loucura do meu coração
e só assim pude, enfim descansar.