Recusa
Mas se eu esconder o que sinto não serei eu,
serei uma outra pessoa oculta dentro de mim mesmo.
E ela pode ser vingativa e má,
ao contrário de meu outro eu
que é doce e inquieto.
E se eu não esconder nada e for eu mesmo?
Será que serei sarcástico ou um pouco vulgar
por discordar de tudo
e desdenhar das coisas alheias?
Sei que não concordo. Sei que não sou santo,
mas aturar determinadas coisas é passar dos limites.
Nem mais sei quem eu sou.
Só sei que não sou bobo.
Nem tolo.
Sei que não sei quem serei amanhã.
E nem quero imaginar o desfecho disso.
Era melhor não ir.
Poesia publicada no livro Muito Mais, de Márcio Martelli, Editora In House (2007).
Mas se eu esconder o que sinto não serei eu,
serei uma outra pessoa oculta dentro de mim mesmo.
E ela pode ser vingativa e má,
ao contrário de meu outro eu
que é doce e inquieto.
E se eu não esconder nada e for eu mesmo?
Será que serei sarcástico ou um pouco vulgar
por discordar de tudo
e desdenhar das coisas alheias?
Sei que não concordo. Sei que não sou santo,
mas aturar determinadas coisas é passar dos limites.
Nem mais sei quem eu sou.
Só sei que não sou bobo.
Nem tolo.
Sei que não sei quem serei amanhã.
E nem quero imaginar o desfecho disso.
Era melhor não ir.
Poesia publicada no livro Muito Mais, de Márcio Martelli, Editora In House (2007).