O Velho E O Moço
Um velho aparentemente sábio
Me perguntou em um banco de uma praça
_Qual é a graça
dos bentevis nas arvores?
Eu respondi
_Eles avisam que a tempestade vai chegar
Quando eles cantam com medo...
E ficamos sem entender porque estavamos ali
Eu lendo os classificados e ele a página de esportes
E a menina sujando o jeans na terra
Pediu pra recortar a foto do Leonardo
Mas a praça não tem só velhos e meninas
Preferi perder meia hora com os patos na lagoa
Não acreditava no que meus olhos viam
A galinha boiando numa boa
Eu passei horas deitado na grama
Lembrando das tardes que passamos juntos
Brincando de controlar o mundo
Com a força de quem ama
Nos beijamos apenas uma vez
Quando a chuva começou a cair
Ainda não compreendia a misteriosa
Língua dos bentevis
Enquanto uma senhora jogava milhos aos pombos
Eu tive um pesadelo com monstros
Mas acordei desse meu cochilo
E fiquei muito mais tranquilo
Ao notar que tratava-se de formigas
Quando cansei de caçar borboletas
Não podia mais impedir que elas voassem
Se o que mais quis foi voar
E cortaram minhas asas
Sentei no banco da praça novamente
Mas o velho não estava mais lá
Havia apenas um recorte de jornal
E uma mensagem escrita por pincel atômico
"Um dia os bentevis vão embora,
E não haverá ninguém pra te avisar,
Está na hora de ter suas propias percepções da vida
Viver e Amar...
Antes que seja apenas um vulto numa praça
E o canto dos bentevis não tenha mais graça"
A menina disse que não viu velho nenhum...
Um velho aparentemente sábio
Me perguntou em um banco de uma praça
_Qual é a graça
dos bentevis nas arvores?
Eu respondi
_Eles avisam que a tempestade vai chegar
Quando eles cantam com medo...
E ficamos sem entender porque estavamos ali
Eu lendo os classificados e ele a página de esportes
E a menina sujando o jeans na terra
Pediu pra recortar a foto do Leonardo
Mas a praça não tem só velhos e meninas
Preferi perder meia hora com os patos na lagoa
Não acreditava no que meus olhos viam
A galinha boiando numa boa
Eu passei horas deitado na grama
Lembrando das tardes que passamos juntos
Brincando de controlar o mundo
Com a força de quem ama
Nos beijamos apenas uma vez
Quando a chuva começou a cair
Ainda não compreendia a misteriosa
Língua dos bentevis
Enquanto uma senhora jogava milhos aos pombos
Eu tive um pesadelo com monstros
Mas acordei desse meu cochilo
E fiquei muito mais tranquilo
Ao notar que tratava-se de formigas
Quando cansei de caçar borboletas
Não podia mais impedir que elas voassem
Se o que mais quis foi voar
E cortaram minhas asas
Sentei no banco da praça novamente
Mas o velho não estava mais lá
Havia apenas um recorte de jornal
E uma mensagem escrita por pincel atômico
"Um dia os bentevis vão embora,
E não haverá ninguém pra te avisar,
Está na hora de ter suas propias percepções da vida
Viver e Amar...
Antes que seja apenas um vulto numa praça
E o canto dos bentevis não tenha mais graça"
A menina disse que não viu velho nenhum...