Minha Dor
Letífera mão que me sufoca
E ao comprimir-me sem clemência
Aos poucos me liberta
Deste vil mundo de decência,
De tão bela e magistral demência!
Aperte sem dó, não ligo para dor,
Essa ininteligivel e rubra flor
Que desabrocha em minha quintessência!
Dor que não somente minha é,
Dor que faz parte deste cerúleo glóbulo,
Dor que aflinge homem, mulher e pajé.
Dor de muitos e deste século...
Este vil ser caro leitor, digo de antemão
Chamo de minha solidão!
J
(talvez venha a ser modificado)