ENTREGA

Se de sonhos e bocas somos feitos.

Que fazer, se não fizermos tudo?

Se empolga-me tua mão,

Agita-me teu peito,

E tua carne macia insistentemente

Grita alto aos meus ouvidos.

Então...já não será suficiente

Teu parco abrigo

É melhor se entregar.

Quando a saliva e a música

Soam mais que simples calmantes

E teus olhos descarados

Desmentem o que dizes.

É melhor desistir,

Pois a fera avança!

Diga apenas: Vem...abraça-me.

Demoradamente, sem fim...

Raquel Rocha
Enviado por Raquel Rocha em 01/08/2009
Código do texto: T1730569
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