Enchente de Lágrimas
As nuvens vinham de todos os lados
Suspensas, fantoches dos céus
Desespero dos fracos telhados
E sorrisos destes dentes meus,
O vento vinha forte, devastava
As pessoas que voavam nas montanhas
O caos, por si, já se instalava
Nas pessoas comemorando guerras ganhas!
A cidade em festa! Ainda que alvo
Dos reinos metafísicos, metamorfósico
E o velho senhor, barba branca, calvo
Calmaria em tua cadeira de propósito!
A água que cai, enchente que vai
Devasta a cidade e sua paz
Como uma nuvem gigante que cai
Sem se condensar, hora tudo jaz.
Velas acesas, senhoras presas
Em tuas casas fracas como o gesso
Não havia mais cidade, só represa,
E a montanha virada do avesso!