Eternamente, como amantes
(Por Onofre Ferreira do Prado)
Na ânsia incontida do desejo,
De beber na tua fonte,
Na ânsia e no sorvo de teus beijos,
Eu queria ser teu cúmplice, teu amante.
Em frêmitos e delírios,
Num afago terno da loucura,
Sem reservas, sem segredos,
Eu queria percorrer teu corpo ardente.
Assim, nessa dimensão,
De eterno amor prestante,
Entre volúpias e gemidos,
Eu queria ser teu amante...
Saciados no desejo,
Refazendo do cansaço,
Dormiríamos abraçados,
Eternamente, como amantes.