Pragas Inquietantes
Estes meus gestos, desconexos,
Sintomas de desespero envão
De saber que amanhã farei mais versos
Mas sendo o inverso do verão,
Meu corpo expele uma fadiga sã
Do trabalho desgastante que é amar
Mas tão logo descansa, já na manhã
Olha pro céu e pede se aventurar,
Toda essa loucura, essa mistura toda
São como fases, momentos recíprocos
Mas uma idéia que agora morra
Busco outras vinte frente a meus livros,
Estas minhas falas, mudas, caladas
De nada servirão pra depois das seis
Metamorfoso, ignoro, busco nas pragas
O meu perdão que me diz 'talvez'...