O INFERNO VAI TER QUE ESPERAR
A consciência do pecado me consome
Sem lenço, nem documento ou nome
Varo a madrugada, totalmente insone
Sem censura, descartando codinome
Condenada pelo amor não correspondido
Feito frágil cristal, tenho o coração partido
O peito sem medalhas das travadas batalhas
Deus me valha!Nem perdão por todas falhas
Indiferente à culpa pelos erros incalculáveis
Não matar, roubar ou pecar contra a castidade
Se não são para a humanidade (f)atos incríveis
Que me tirem o que resta da imoral sanidade
Dentre todos os meus vários erros cometidos
O pior, deveras, que mereça um cruel castigo
Foi por muito, além da conta, demais te amar
Eu sei, até parece não fazer nenhum sentido
Não te puno, nem te tomo por meu inimigo
Mais uma vez, o inferno vai ter que esperar...