O INFERNO VAI TER QUE ESPERAR

A consciência do pecado me consome

Sem lenço, nem documento ou nome

Varo a madrugada, totalmente insone

Sem censura, descartando codinome

Condenada pelo amor não correspondido

Feito frágil cristal, tenho o coração partido

O peito sem medalhas das travadas batalhas

Deus me valha!Nem perdão por todas falhas

Indiferente à culpa pelos erros incalculáveis

Não matar, roubar ou pecar contra a castidade

Se não são para a humanidade (f)atos incríveis

Que me tirem o que resta da imoral sanidade

Dentre todos os meus vários erros cometidos

O pior, deveras, que mereça um cruel castigo

Foi por muito, além da conta, demais te amar

Eu sei, até parece não fazer nenhum sentido

Não te puno, nem te tomo por meu inimigo

Mais uma vez, o inferno vai ter que esperar...

Patrícia Rech
Enviado por Patrícia Rech em 15/07/2009
Código do texto: T1701618
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