PELO CAMINHO

Deus! Por que tantas pedras,
No caminho que me traça,
Por que essa hora tão baça,
Loucura que não arreda,
Explicitamente me abraça
?
Por que esse ntenso conflito,
Da alma com a carne/os ossos,
Esse posso não posso,
Esse remorso,
Pelo o não feito,
Essa alma que multiplica o grito,
No (in)finito do seu leito
?
Por que a dor se envereda,
Pelo anexo,
De um eu tão complexo,
E eu não consigo ver na queda,
Da água o meu reflexo
?
Deus! Por que tantas paralelas,
A me circundar,
Tantas portas e janelas,
Abertas pra nenhum lugar,
Por que aquela bela,
Estrela fica a me chamar,
Se eu não sei voar...
?