Sem saudade

Como vai minha saudade não sei bem do quê?

Tu não me deixas saudade quando te ausentas

Quando desapareces mansamente e lenta

Provavelmente por cansar-se de tanto me ver

Vejo que estás bem mais eficiente...

Me afetando contundentemente as emoções

Como se usasse surdina na dor do coração da gente

Impune e insistente em seus arranhões

Eu é que não estou bem, sádica e ansiosa senhora

Estou bem propício às suas investidas

Estou numa agonia que não vejo a hora

Não vislumbro o alívio de sua saída