O pássaro e a ponte
Às vezes eu sou uma ponte
Ali, parado.
Sem que ninguém tenha o cuidado de saber como ela está.
Outras vezes sou um pássaro
Que sabe usar o espaço
E apesar de algum cansaço,
Impulsivamente, voar.
Dependendo do que sou
Naquele espaço de tempo
Se extravaso ou me contento
Desmorono ou saio ao vento
Posso ser feliz ou não
No fundo, naquelas crises
E sabendo-as passageiras,
A ansiedade se esgueira e atrofia a reação
Tentando aprender com elas
Meio ponte, meio pássaro
Engulo a tristeza e parto em busca de solução