Luxúria
Chega da saudade
Do tempo que eu era menina
E o apaixonar varria
Amores antigos
Desejos não realizados.
Chega de beijos sem profundidade
Do toque sem sacanagem
Do abraço sem maldade
Do olhar que não cobiça.
Ah! Quero o sabor profano
Da língua inquieta
Do movimento frenético
Do cheiro que inebria
O gozo no momento
Quero respirar o prazer
De todos os tempos
Perdidos e vividos
Na insana vida do agora.