TORNE A HORA
Esta hora nervosa não passa,
Fica de pirraça e descabelada,
Finge um entender de ‘não sei’
E depois sofre desconsolada
Até o fim do dia.
Uma hora assim perdida
Não volta a acontecer, se vai,
Passa entre os vãos abertos do tempo
Para esquecer que ainda se esvai.
Ó hora insensata! Não pare, não cale,
Prossiga a jornada e torne a viver.
Sinta-se entusiasta do momento,
Levante a bandeira da alvorada,
Seja proveitosa, rica, desejosa,
Avance em seu valer e saber
E carregue de vez com esse mal-querer!
SÃO PAULO, 24 DE JUNHO DE 2009.