Olhos verdes de cristal.

A sala era iluminada e tinha doce perfume de flor,

Fachos de luz verdejantes com mariposas buscando calor.

Meu coração que era frio, batendo normal no padrão,

aqueceu-se tão depressa e não conteve a emoção.

Qual mariposa vadia daquelas que quer se encostar,

assim era eu um menino...ao teu olhar contemplar.

Pois qual quem ganha carinho e recebe assim afeto,

assim faz o teu sorriso...qual mariposa...um inseto.

No verde calor há esperança, foge mariposa ao frio,

Mas doce vóz de sereia....qual chocalhar de um pio.

enebriava o encanto...e atiçava o calor.

mariposas que são insetos...não sabem nem que é amor.

hoje sou eu mariposa, não posso mais me livrar,

porque do verde o encanto, luz que me fez sonhar.

toco a vida voando, em todo canto com frio,

porque minha luz onde pouso...o teu calor...é vazio.