Perdida

Trago tantas noites em minhas mãos

Outras tantas ainda tenho a buscar

Noites ardentes nessa escuridão

Sem hora marcada, nem dia, nem lugar

Quanto aos teus apelos sem pudor

Já não sei deles me esconder, escapar

Sinto aqui teus passos ao redor

Eu aqui sem remédio pra poder sarar

Junto nossos pensamentos e me guardo

No reflexo da minha eterna loucura

Pra me encontrar sem país, sem dono

No fundo de uma esperança de cura

Converto-me em mistérios profanos

E me perco desenfreada e nua

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 15/06/2009
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