Ardência!
Voluptuosas danças
Voluptuosas danças
Que castigo!
Ver-te de vermelho a girar,
girar cachos negros ao vento,
pro vento levar...
Teu cheiro quente
Ardente presente
Perfume frequente!
Tirem-no de mim.
Voluptuosas danças
Voluptuosas danças
tuas pernas a dançar...
Sem censura
Sem censura
Que castigo
É o abrigo
Vem comigo??
És o abrigo...
onde eu queria morar.
Sendo eu,
(olha que já não sou mais eu)
não nego
que me esquentas
e acalentas...
Sorvo-te:
VOU ATÉ LÁ!!!
Me aproximo...
do perigo
do abrigo
aquele abrigo
onde eu queria morar...
Eis que danças
Eis que bailas
Eis que HOJE CRIO CORAGEM
Hoje vou até lá!
Eis que rodas
Eis que giras
E quando te viras
Teus grandes olhos castanhos
Vejo a me olhar...
E o tempo pára.
Olhar mais doce,
é esse que vem me mirar...
Até parece que estivesse
há muito tempo a me esperar,
Até parece que tivesse
assombrada com o meu aproximar.
E no frêmito do meu castigo,
tu paras de dançar...
Desanimo, me viro
ando devagar...
Que maçada, não quero!
Tu paraste de dançar.