Há sempre saudade.

Quando se pede a saudade

Que volte no tempo a própria juventude,

Nem sempre é sofrer,

Pois saber que se cresceu

Em relação a vida,

É grandemente compensador.

Vejo os meus momentos de menino,

Seguindo em passos desatinados,

Pelas brincadeiras sem maldade.

Se sonhei, sonhei de verdade,

Que sem vaidade,

Não dei conta do tempo,

Por isso vivi e não percebi.

Hoje lembro feliz da criança

Que se guardou dentro de mim.

Há alguns lampejos no hoje que sou,

Alimentado pelo prazer,

Que ainda vive em mim desde criança.

De fato prefiro contar desse tempo devagarinho,

Para não deixar a saudade apertar o coração.

Mesmo assim me faço forte,

Porque descobri que essa mesma vida,

Fez de mim um homem capaz de redescobrir...

E assim me permitir voltar no tempo,

E rir com saudade.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 26/05/2006
Código do texto: T163740
Classificação de conteúdo: seguro