Há sempre saudade.
Quando se pede a saudade
Que volte no tempo a própria juventude,
Nem sempre é sofrer,
Pois saber que se cresceu
Em relação a vida,
É grandemente compensador.
Vejo os meus momentos de menino,
Seguindo em passos desatinados,
Pelas brincadeiras sem maldade.
Se sonhei, sonhei de verdade,
Que sem vaidade,
Não dei conta do tempo,
Por isso vivi e não percebi.
Hoje lembro feliz da criança
Que se guardou dentro de mim.
Há alguns lampejos no hoje que sou,
Alimentado pelo prazer,
Que ainda vive em mim desde criança.
De fato prefiro contar desse tempo devagarinho,
Para não deixar a saudade apertar o coração.
Mesmo assim me faço forte,
Porque descobri que essa mesma vida,
Fez de mim um homem capaz de redescobrir...
E assim me permitir voltar no tempo,
E rir com saudade.