Meu Alarde
Se penso nas outras pessoas sou um louco,
Se penso só em mim estou mais certo
Mas não passo de um egoísta bobo,
A verdade é que ninguém sabe o que é correto.
Sempre acreditei que tudo poderia ser mudado,
Me chamavam de ingênuo,
Então passei a sonhar com tudo isso sendo acabado,
Agora devo ser um gênio.
Até hoje não consigo achar um sentido para tudo isso,
“Será que sou desse mundo?” - ás vezes me pergunto.
Não sei mais nem o que eu sinto,
Se quero fugir me chamam de vagabundo.
Devo ser de outro planeta,
Até hoje estou a descobrir minhas várias facetas,
Porque eu não paro e nem devo parar,
Porém ultimamente só tenho pensado em descansar.
É ruim quando não se tem mais motivações,
Viver se torna tão desconexo,
Fico agora só a ouvir velhas canções,
Meu comportamento é muito complexo.
Não quero mais ouvir o que dizem.
Eles nem sabem o que fazem.
Acho que ninguém nesse mundo mais vive,
Acho que só sobrou o meu alarde.
Vou viver então a vagar por essa imensidão,
Talvez na esperança de encontrar a verdade.
Dizem que não tenho mais razão,
Mas se é para viver como todos vivem prefiro a insanidade.
Essa é por fim a minha decisão,
Tentar me encontrar em algum lugar.
Para que toda essa preocupação em profusão?
Não seja egoísta eu não sou de ninguém sou do mundo e tentarei me encontrar.
Itaci Silva Camelo