TORCEMOS COM MEDO

A se torce por medo,/
das vibrações que sentimos/
São como os segredos/
da vida como notórias melodias/
Que vivem em minhas veias,/
então a gente torce/
Se contorce na esperança/
de um dia acordar/
Para a eternidade dos sonhos/
Torcemos como segredo /
que nasce no medo/
E morre na vida /
a gente torce e cai/
Cai, levanta e cai de novo,/
talvez porque as pernas/
Ainda estão bambas /
ou porque o segredo /
Que a vida nos inspira /
é muito fraco ou nós somos/
Acordamos por torcer gritar,/
por uma vida /
Mas a vida não existe/
é apenas uma passagem/
Que negamos por medo,/
covardia, que temos /
De relembrar o passado,/
negar o futuro/
E torcer a barreira da vida/
como se fosse dente de tubarão/
E nadamos como loucos, /
contra correnteza da navegação/
E sentimos que estamos /
mas estamos caindo/
Talvez por defeito,/
medo, e até quem sabe direito de cair/
Direito de parar no tempo, /
para de torcer e jogar/
Mesmo que seja para perder,/
ou quem sabe empatar/
Mesmo que seja uma vitória injusta,/
devemos continuar E conquistar,/
e torcer e medir e viver /
as vezes nos negarmos/
Passarmos, por aquele momento/
pequena permanência/
Dentro do planeta,/
pequena falência que temos/
Como se torcer fosse vitória,/
mas não é, não é porque/
Temos medo de continuar/
apenas gritando, esperando/
Que a vida siga o seu rumo,/
mas queremos ser timoneiros/
No navio dos outros,/
queremos ser a esfera vida/
Da circunstância,/
e as vezes a nossa capacidade/
Não é tão grande então o navio afunda,/
e nos afogamos/
Por torcer demais, /
por vibrar acima de nossas condições/
Acima de nossa filosofia, /
mas abaixo de nossas idéias, /
E aí nos colocamos/
e torcemos como ninguém
luiz machado
Enviado por luiz machado em 31/05/2009
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