Só para as pedras.

O meu coração arredio

Quer mudar seu modo de ser

Abraçou um novo desafio

Com fidelidade vai proceder

Pois pensou bastante e decidiu

Só para as pedras vai escrever.

Elemento duro frio e inerte

Que está constatemente calada

E em mais nada se converte

Mesmo que ela seja acusada

E nesse seu silencio irreverente

A minha poesia será desprezada.

Porem é um desprezo inocente

E nenhuma culpa lhe cabe

A pedra em seu estado incoerente

Pouco importa o que nela desabe

Por isso o desprezo mais dolente

É aquele desprezo de quem tudo sabe.

O sucesso que tanto interfere

Eu sei que nenhuma pedra conhece

E a minha poesia singela não fere

Pelo contrario homenageia e enaltece

Por isso é que o meu coração prefere

Escrever para quem nunca esquece.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 27/05/2009
Código do texto: T1616891
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