Eu, verme

E de minha áurea crisálida

Germina o ser disforme,

Que todos chamam de verme,

Que se espreme para ganhar a vida

Num fétido charco enegrecido,

Consumido em degradação.

E me atiro de meu alçapão

Na lama onde todos tem cuspido

Para no segundo segundo

Em que me vejo nascido

Ser pelo mundo degradado,

Consumido e esquecido,

Como bituca atirada na rua.

JP 26/05 23:20