ENTREGA
Ah, essa cruz que é o mundo
A qual carrego nos ombros
Como fosse algemas a ferir os meus pulsos
E amargura meu peito, como prisioneira fosse!
Mergulho na desolação sem fim
Quando encontro-me diante de ti
Em total desequilíbrio emocional
O corpo grita, ao tempo em que entrego-me a ti
A qualquer momento e lugar, e sem resistências
Aos teus desejos loucos, insanos, e até profanos!
Sonhos, fantasias, êxtases e fetiches
Permitindo-me a tudo submeter
Pelo puro prazer de a ti, simplesmente
Me entregar e satisfazer!