O colibri e as orquídeas
Queria ser um colibri dourado,
Buscando o mais alto céu,
Com meu corpo pequenino.
Num nebriante ato de loucura
Voar até as estrelas,
Até que minhas forças se esgotem,
Até que não me reste nenhum átomo de oxigênio,
Até que meus olhinhos se fechem,
Até que minha vida se perca no descanso (da morte).
E enfim cair como pluma,
Passeando pelo tranqüilo vento
E então desaparecer no jardim das orquídeas
E renascer, para embalsamar meu longo e vívido bico
Nos lábios da doce e singela flor.