Tempo de chegar.
Clareando por clarear
a liberdade do dia,
na estação esperando o trem
assim também alvorece
dentro de mim.
Pêlos olhos vejo o corpo
abastecer-se lentamente
aos pés de um novo dia.
Os mesmos sonhos da noite
me acompanham,
respiro na brisa fresca da manhã
e pauto-me a perceber,
que estou indo trabalhar.
As horas invadem
e eu no banco esperando o trem,
as vezes penso não ser eu
o pensador da estação,
mas claro que sim
ainda não vivo
da poesia.