sentado na escuridão
afundado nas sombras da escada dois olhos
mente letárgica depois de tanta benzendrina
abraçado a noite com o lúgubre deserto sentia
uma péssima música executada no colchão
ensopado de suor o sonho vinha trepidante
o uivo louco de uma canção lacrimejante
a derradeira consciência sufocada no lampejo
insaciável garrafa que devora quem a consome
neblina fina do cigarro que emvermelha olhos
esculpiu no corpo mandalas que atrai harmonias
o sopro tísico de um metal que rompe nuvens
dum céu escuro que apenas se ver olhos e ventos.