Dor

Se a dor morresse comigo

Juro que me mataria

Mas ela é carne que a terra não come

Na solidão é minha unica companhia

Companheira inseparável desses meus ultimos dias

Que podem ser tantos quanto a eternidade

Ó amicíssima dor seu sobrenome é saudade

Guardará pra mim ao menos

No ultimo instante dessa minha vida baldia

Um segundo sequer de alegria

Sei que não devo te pedir

Um quer que seja de piedade

Mas você que nasceu pra ferir

Por natureza não é por maldade

Não pode me negar no seu ultimo ato

Um pouquinho de compaixão que for

De me deixar vê-la ao menos pra dizer

Você foi

Você é

E você sempre será

Meu amor

Guilherme Sodré
Enviado por Guilherme Sodré em 15/05/2009
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