Amor que não dorme.

Amor que não dorme.

Sem uma explicação plausível

O corpo teve varias formas de sonho,

Os movimentos que se seguiam

Não encontravam saídas

E a pressão aumentava

Na medida que a ebulição

Era mais forte.

Queria uma flor para no ar demonstrar

Uma gigante flor sem par

Mas sem pedras nem poeiras

Muito menos como uma bomba atômica

Ou coisa alguma que fosse besteira.

E o calor sem destino acontecia

Já esperava uma explosão inconseqüente

As veias desse mesmo corpo fervilhavam

Nada poderia reverter tal emoção

E de repente não mais que de repente

Um simples beijo na cratera boca.

Foi como se o mar invadisse

O gelo derretesse

O fogo apetecesse

E tudo controlado se rendesse

Ao amor de uma mulher

Que dorme solenemente

Ao meu lado.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 19/05/2006
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