O QUE VEJO
Que olhos são esses na minha frente;
olhos de saudade e tristeza,
essa imagem desconhecida e amigavél;
esse semblante de fé e esperança.
uma visão do novo e do velho
a lembrança do que passou,
e a inocência que ficou pra traz;
na altura da infância perdida.
como o tempo nos revela;
na imensa alegria magnifica do saber;
do conhecido no reflexo
que desconheço para entender.
então há vejo mulher,
então o vejo homem.
assim como uma mascara
tudo em si é irreal.
sua vaidade impovorosa
de seu cabelo com gel;
seu medo de ficar velho
na desolada solidão.
você vive o presente
sempre busca inovação,
pra nunca ficar atrasado
tendo que pedir atenção.
sempre quer saber de tudo
e nunca dizer não sei,
e sabe que realmente no fundo
oque sabe é sempre em vão.
busca um sonho impossível,
mas sabe que pra voce não é
sabe tambem que conseguir
é uma questão de tempo e sempre ter fé.
O que vejo é real,
esses traços de velhice
vejo uma maturidade plena,
uma juventude que duvida.
oque mais vejo é a dor.
de uma pessoa atormentada
que consegue não decifrar,
as saídas e entradas.
Nesse espelho o reflexo
de uma força desgarrada,
de alguem que busca muito
e nunca acha nada.
Esse alguem sou eu
nesse espelho quebrado;
que sorte eu sei que não dará,
mas eu sempre terei tentado.