O QUE VEJO

Que olhos são esses na minha frente;

olhos de saudade e tristeza,

essa imagem desconhecida e amigavél;

esse semblante de fé e esperança.

uma visão do novo e do velho

a lembrança do que passou,

e a inocência que ficou pra traz;

na altura da infância perdida.

como o tempo nos revela;

na imensa alegria magnifica do saber;

do conhecido no reflexo

que desconheço para entender.

então há vejo mulher,

então o vejo homem.

assim como uma mascara

tudo em si é irreal.

sua vaidade impovorosa

de seu cabelo com gel;

seu medo de ficar velho

na desolada solidão.

você vive o presente

sempre busca inovação,

pra nunca ficar atrasado

tendo que pedir atenção.

sempre quer saber de tudo

e nunca dizer não sei,

e sabe que realmente no fundo

oque sabe é sempre em vão.

busca um sonho impossível,

mas sabe que pra voce não é

sabe tambem que conseguir

é uma questão de tempo e sempre ter fé.

O que vejo é real,

esses traços de velhice

vejo uma maturidade plena,

uma juventude que duvida.

oque mais vejo é a dor.

de uma pessoa atormentada

que consegue não decifrar,

as saídas e entradas.

Nesse espelho o reflexo

de uma força desgarrada,

de alguem que busca muito

e nunca acha nada.

Esse alguem sou eu

nesse espelho quebrado;

que sorte eu sei que não dará,

mas eu sempre terei tentado.

LaBella
Enviado por LaBella em 13/05/2009
Reeditado em 13/05/2009
Código do texto: T1591766
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