O Mundo Segundo Meus Olhos
Continentes de afirmações suspensos,
Abismos de infinitude os separando.
Nunca parei enquanto os atravessava,
Numa estreita ponte de certezas
A olhar para baixo se é seduzido
Pelo não-ser eterno que chama.
Uma voz tão sensual quanto triste
Que faz pingar minha alma em queda
Como pluma que um pouco d'alma carrega
Alma que ainda serena, clama.
Este mar morto logo abaixo
É repleto de tudo que não sou.
Este nada que parece ter tudo
Parece tão bom, mas está morto.
Eu não: apenas mudo,
E continuo com o passo torto.