Um poema de dentro
Em tua balada eu pairo...
De tristezas vivas tua loucura
me procura,
como presa estreita,
que eu era minha própria ceita.
Você num banco de praça da cidade
Como cego te seguia
na caminhada sombria
e perfeita,
o amor brincava nos teus olhos,
cinzas de uma beleza...
Um copo de cizano
Teu maior desejo
era ver desfeito meu sorriso
Eu era só um humano alienado,
como os ricos rindo
e os pobres morrendo.