Infinito*

Embriagado em meu sangue

Cegado pelo meu ódio

Finalmente vislumbro

A beleza de meu triunfo

Mentes brilhantes

Surtaram diante de minhas glórias

Ócio de minha alma

Gozar os frutos das derrotas alheias

Zombei dos inocentes

Traí a muitos

Honrei somente a mim

Lesei os demais

Notabilizei-me pela ausência de perdão

Queimei almas

Rugi diante delas

Ironizando as tuas chagas

Xingado pela multidão

Banalizando teu deus

Desvirginando a tua dinastia

Vomitando em tuas entranhas

Já que a minha tão adorada vida

Pôde proporcionar

Uma tão esperada morte

* originalmente o título do poema é um oito deitado ( símbolo do infinito)

Lucas Lira
Enviado por Lucas Lira em 07/05/2009
Código do texto: T1580461
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