Infinito*
Embriagado em meu sangue
Cegado pelo meu ódio
Finalmente vislumbro
A beleza de meu triunfo
Mentes brilhantes
Surtaram diante de minhas glórias
Ócio de minha alma
Gozar os frutos das derrotas alheias
Zombei dos inocentes
Traí a muitos
Honrei somente a mim
Lesei os demais
Notabilizei-me pela ausência de perdão
Queimei almas
Rugi diante delas
Ironizando as tuas chagas
Xingado pela multidão
Banalizando teu deus
Desvirginando a tua dinastia
Vomitando em tuas entranhas
Já que a minha tão adorada vida
Pôde proporcionar
Uma tão esperada morte
* originalmente o título do poema é um oito deitado ( símbolo do infinito)