Q.G.da Poesia.
Um espaço
entre a noite que se inicia
e a madrugada que me vicia.
As vezes preparado,
por muitas sem querer,
mas de qualquer jeito
acontece prever.
No contorno do pensar
talvez caminho de volta,
abrigado nem sempre
e contar não sei.
Alado por ilusões,
meus pés no chão
marcado pelo coração
e corpo liso na escuridão.
Intermédio do tempo
no poeta e poesia,
chega assim mesmo
sem dá medo para enfrentar,
o que a palavra alimenta.
No fim da madrugada
não estou de luto,
o peito é forte
e ainda me sinto cobiçado
por pertencer a natureza,
a natureza, que acende a luz do dia
me convidando viver...
Para também viver,
a poesia que não me esquece
e não me deixa esquecer.