Q.G.da Poesia.

Um espaço

entre a noite que se inicia

e a madrugada que me vicia.

As vezes preparado,

por muitas sem querer,

mas de qualquer jeito

acontece prever.

No contorno do pensar

talvez caminho de volta,

abrigado nem sempre

e contar não sei.

Alado por ilusões,

meus pés no chão

marcado pelo coração

e corpo liso na escuridão.

Intermédio do tempo

no poeta e poesia,

chega assim mesmo

sem dá medo para enfrentar,

o que a palavra alimenta.

No fim da madrugada

não estou de luto,

o peito é forte

e ainda me sinto cobiçado

por pertencer a natureza,

a natureza, que acende a luz do dia

me convidando viver...

Para também viver,

a poesia que não me esquece

e não me deixa esquecer.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 14/05/2006
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