O Meio do Fim

O medo de quem sente,

A angústia de amar,

A mente de quem mente,

Só pelo prazer de inventar,

A solidão de quem é gente,

Na ânsia de se libertar.

Por isso também pense,

Mas sem nada elucidar,

A ilusão que nos convence,

De que a verdade podemos encontrar,

Por isso sempre tente,

E morra de tanto tentar.

A vida é mesmo assim,

Já dizia o cético a fingir,

O pessimista por sua vez,

Negativamente com sua cabeça a balançar,

O criacionista diz que foi Deus que fez,

O evolucionista no entanto,

Diz que tudo se deu a partir do macaco,

O Big-bang,

O nada,

Ninguém sabe explicar,

O vazio inerente a mente,

Que tudo pode criar.

O nada é o grande criador,

O homem o inventor,

Deus é o amor,

O diabo é a dor.

Não se sinta,

Não se sente,

Apenas sente,

Se quiser deitar...

Deixa estar,

Pra relaxar.

Esperar?

Se nada há.

O que é que há?

Vá pra lá.

Encontrar?

Buscar?

Sem parar,

Pra pensar,

Até achar,

Ou tropeçar,

No que procurar,

Só pelo prazer de procurar,

É aí que está,

O sentido,

O suspiro,

O grito,

Seus ouvidos,

Continue sentindo,

Até o fim do se sentir,

O inicio do porvir,

O que precede o sorrir,

Dando inicio ao parir,

No parecer do sucumbir,

E o perecer está aqui,

No fim,

O fim.

Itaci Silva Camelo

Itaci ISC
Enviado por Itaci ISC em 26/04/2009
Código do texto: T1560927
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