Essa Tal Poesia
Deixo pegadas,
vou atrás da poesia.
É, ela mesma, que me inebria,
me faz dizer coisas que jamais diria.
Sorrateira me envolveu, me levou
onde não queria, me embriagou, pintou e bordou...
Quem diria, essa tal poesia!!!
Agora, o que sou se não versos embriagados
com palavras nostálgicas equilibradas nas entrelinhas.
Sou rimas saltadas da boca da noite,
sem luar, mergulhada no mar de sentimentos mudos, vestida de luto.
Nos braços do amanhecer sou prosa, culpa dessa tal poesia que meu ego mima. Em meus cabelos coloca sua brisa perfumada de marés amorosas, em minhas narinas um sopro versejante de vida.
Agora somos sangue e poesia,
correndo nas veias pautadas com maestria,
como se fosse melodia,
pulsando no coração,
provocando arritmia...
Ah! Essa louca poesia!!!