Diferente sempre.

Vi coisas outras:

Gosto de framboesa, nela encorpada

Estava eu, alado, tarado...

Fissurado, criado...

Com todos os sentidos, aguçados.

Notei sua flor negra

Como uma linda tulipa,

Sobejando por suas bordas

O néctar de seu incontido prazer.

Cobri, copulando, completando,

Estremecendo, estremecendo,

Como os arroios de um vulcão.

Pele chocolate,

Incorporada em mim,

Transcendendo zen,

Nada sem carinho,

Foz e fim.

Arte em desenvolvimento,

Tabus quebrados,

Gemidas canções.

Os quereres atingidos, saciados...

Voltando para as grutas

Da vida natural normal,

Que anda comum

Por entre a liberdade do tempo.

Porque hora não tem,

Hora é hora,

Qualquer hora é hora

No altar do prazer.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 13/05/2006
Código do texto: T155439
Classificação de conteúdo: seguro