CRIATIVIDADE MUSICAL
CRIATIVIDADE MUSICAL
Amanhã, se Deus permitir
Seguirei nessas andanças
Vivendo revoluções por minuto
Do meu tempo de criança.
Linda... pense em mim
Digo que sou imperfeito
vou seguindo no trem azul
Para tudo dar um jeito.
Quando a cabeça não pensa
Vivo o começo, meio e fim
Sei que amo em silêncio
Comigo é sempre assim.
Pra não pensar em você
Vou tentando viver
Os amores que vêm e que vão
Tentando a viagem fazer.
Mas...
...a luz que acende o olhar
Aquele olhar 43
Entre a cruz e a espada
Temo perdê-la de vez.
É um êxtase reencontrá-la
Nessa terra, planeta água
Água que lava a alma
Com lágrimas que desaguam.
Essa flor que me atormenta
De vista, te perdi na esquina
Afoguei no rio de lágrimas
Sofri com a rosa de Hiroshima.
Você, menina do subúrbio
Nessa luz que acende o olhar
A dois passos do paraíso
Enquanto durmo, tento sonhar.
Devolva-me, o segundo sol
Pois foi Deus que fez você
E quando a cabeça não pensa
Sofro aqui sem te ter.
Fã número 1, eu juro
Seguirei por esses trilhos
Vivendo como um cidadão
Entre os pais e filhos.
Vou tocando em frente
De volta ao recomeço
Entre a cruz e a espada
Por isso é que padeço.
São tantas coisas:
A viagem, meu país
No trem do Pantanal
Eu tento ser feliz.
Ouço a rádio pirata
Com asa branca me encanto
Vivo um temporal de amor
É por você que canto.
Não aprendi dizer adeus
Yolanda, não vou perdê-la!
Somos como dois animais
Entre a serpente e a estrela.
Sou o astronauta de mármore
Olhando o luar do sertão
Nesse temporal de amor
Agora aguenta coração.
Deus salve a América
É tudo o que se quer
Nas grades do coração
Enfrento o que vier.
No rancho fundo
O amor foi de verdade
Me sentia um Faraó
Hoje, envelheço na cidade.
Mas que seca malvada
Digo que estou certo
Só retratos e canções
Do romance no deserto.
Na linda estrada de Santos
Cada curva me irradia
Mas não é o meu lugar
Quero voltar pra Bahia.
A agitação, faroeste caboclo,
Só em nossa memória
Ou da vila do sossego
Dois corações e uma história.
Mesmo dormindo na praça
Saí num só açoite.
Cantando, solitário,
Fui seresteiro das noites.
Com os olhos alagados
Me sinto como um réu
Fiquei na página de amigos
Batendo na porta do céu.
E o fruto do nosso amor
Nascido na linda favela.
Da roça distanciei
Deixei de ser cowboy por ela.
Será que foi saudade?
Me esqueci de viver!
Que país é este?
Não vivo sem você.
Perdi até o compasso
Não consigo ser feliz
Alicerce sem estrutura
Estou num chão de giz.
Nesse campo de batalha
Sofro como cachorro urubu
Me disseram: tente outra vez
Procure-a de Norte a Sul.
Sabe...
...o dia em que a terra parou!
Sem saber o que faria
mãe disse: culpa sua
e eu: mamãe eu não queria.
Nesse campo de batalha
Tento a vida levar
Vou sofrendo eternamente
Sem limites pra sonhar.
Linda, meu universo é você
Volte, volte, volte agora!
E saiba que lá em casa
Até o telefone chora.
GILVANIO CORREIA DE OLIVEIRA
itanhemninja@hotmail.com
ITANHÉM-BA, 20/04/2009