Versos Loucos

Versos que agora invento,

Jogados ao vento, colhidos ao léu.

Bordados no céu da boca,

pintado pela menina dos olhos,

Lidos na palma da mão.

Recortes de palavras soltas,

Burlescas, sobre letras incontidas.

Pobres ricas rimas brancas,

não encontro nesses versos

nem sei escrever, confesso!

Mas a que vem essas palavras

a esmo, se não encontro folhas

que sirvam de ombro a deitar?

Teimosos versos eu diria, até por ironia,

quiseram em mim, grafar.

Loucas letras, coitadas,

nãos sabem o que fazem estão gastas!

Desbotadas feito anil no mar,

iluminadas qual sol em noite de luar,

provadas pelo fogo a incendiar,

não sou poeta tão pouco seu versar.

Bebo o lirismo, brindo com a realidade,

devaneios, alguém diria, dessa minha mania

de escrever tudo sem dizer nada!

Só ele sabe esses versos que invento,

cabe bem na boca do vento

a soprar em seus ouvidos...

Esses versos loucos, meu alento!

Flor de Laranjeira
Enviado por Flor de Laranjeira em 17/04/2009
Reeditado em 19/12/2009
Código do texto: T1545169
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