O Tempo Em Minhas Mãos
Se os meus ossos fossem os ponteiros de um relogio
E minha carne a estrutura
Não é loucura achar
Que eu poderia voltar quantas vezes eu quisesse
Retardar o tempo, corrigir os erros, retrocede-los
Não ia querer ver clones, nem androides
Ou dinossauros e profetas
Ia querer apenas não ter a deixado ir embora
E ser um amante ao invez de ser um poeta
Se minha alma fosse a bateria
Não acabaria porque a alma é eterna
Então teria o tempo todo
E talvez a tivesse denovo
Depois de algumas voltas em torno do eixo
Tivesse denovo teu beijo
Teu corpo
Teu olhar
Teu sublime olhar
Ainda que me colocasse pendurado em sua parede
Já viveria mais contente
Só de vê-la chegar
E me olhar
E quando sair
Olhar outra vez pra mim
Ia atrasar de proposito
Só pra você me tocar
E quem sabe uma fada, um anjo
Tornasse-me outra vez humano
Pra que eu pudesse também te tocar