O Tempo Em Minhas Mãos

Se os meus ossos fossem os ponteiros de um relogio

E minha carne a estrutura

Não é loucura achar

Que eu poderia voltar quantas vezes eu quisesse

Retardar o tempo, corrigir os erros, retrocede-los

Não ia querer ver clones, nem androides

Ou dinossauros e profetas

Ia querer apenas não ter a deixado ir embora

E ser um amante ao invez de ser um poeta

Se minha alma fosse a bateria

Não acabaria porque a alma é eterna

Então teria o tempo todo

E talvez a tivesse denovo

Depois de algumas voltas em torno do eixo

Tivesse denovo teu beijo

Teu corpo

Teu olhar

Teu sublime olhar

Ainda que me colocasse pendurado em sua parede

Já viveria mais contente

Só de vê-la chegar

E me olhar

E quando sair

Olhar outra vez pra mim

Ia atrasar de proposito

Só pra você me tocar

E quem sabe uma fada, um anjo

Tornasse-me outra vez humano

Pra que eu pudesse também te tocar

Guilherme Sodré
Enviado por Guilherme Sodré em 17/04/2009
Reeditado em 26/04/2009
Código do texto: T1544092