NINGUÉM É TÃO JOVEM QUE NÃO POSSA MORRER HOJE
Desta vez não fui para casa
Nem reclamei da monotonia
Não me importei com os olhos na brasa
Nem com os gritos na rua vazia
Sei lá, tanto faz, não sei!
Quando é que vou trancar essa força?
Quando é que a existência vai virar vida?
Ninguém é tão burro que não perceba que está tudo errado;
É tão simples concluir que ninguém faz o óbvio.
Queria poder ser nada
Pois esta é a minha tendência
Pois aqui, com essa doença;
Ainda confundo bandido com ladrão
Ninguém é tão jovem que não possa morrer hoje
Escrevi um texto e não tem sequer um que me acompanhe em meu delírio
Acabou por ser só pensamentos vagos de um louco
Que queria ter sido nada;
Pois agora, menos que nada é.