Folha seca!

Combalida, sem sopro de teu hálito,

vôo como folha a vagar sem destino,

Rumo na incerteza do horizonte.

Mergulho em abismos profundos,

sou leve, pluma seca desprendida

sem praga, sem vida, perdida...

Arrancada pela força da distância,

esquecida no gosto da saudade

sem sumo, sem gota vertida.

O sereno a molhar-me

lágrimas da noite longe de ti

Contida em limbo a escorrer

sem absorção sufocada na abstração,

desejando servir-me de tua seiva

preencher-me de teu néctar,

alimentando o viço e fulgor

a fixar-me de novo em ti.

Flor de Laranjeira

Toc toc toc... Voltei...

BATENDO A PORTA

Eu sou a folha morta

que ao sabor do vento

vem aqui e bate a porta;

me diga se há tempo.

Eu sei que o tempo fechou,

e que o meu acabou,

e o seu nem começou,

foi isso que falou.

Serei bem comportado

quero ser teu achado

sem ter-me encontrado.

Folha morta , não bata a porta.

Pois é ! Nunca fechada esperando e encostada.

Rs T...

Um Brilho esplendoroso em minha escrivaninha! Obrigada querido amigo Renato! Bjus

Flor de Laranjeira
Enviado por Flor de Laranjeira em 14/04/2009
Reeditado em 19/12/2009
Código do texto: T1538101
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