Folha seca!
Combalida, sem sopro de teu hálito,
vôo como folha a vagar sem destino,
Rumo na incerteza do horizonte.
Mergulho em abismos profundos,
sou leve, pluma seca desprendida
sem praga, sem vida, perdida...
Arrancada pela força da distância,
esquecida no gosto da saudade
sem sumo, sem gota vertida.
O sereno a molhar-me
lágrimas da noite longe de ti
Contida em limbo a escorrer
sem absorção sufocada na abstração,
desejando servir-me de tua seiva
preencher-me de teu néctar,
alimentando o viço e fulgor
a fixar-me de novo em ti.
Flor de Laranjeira
Toc toc toc... Voltei...
BATENDO A PORTA
Eu sou a folha morta
que ao sabor do vento
vem aqui e bate a porta;
me diga se há tempo.
Eu sei que o tempo fechou,
e que o meu acabou,
e o seu nem começou,
foi isso que falou.
Serei bem comportado
quero ser teu achado
sem ter-me encontrado.
Folha morta , não bata a porta.
Pois é ! Nunca fechada esperando e encostada.
Rs T...
Um Brilho esplendoroso em minha escrivaninha! Obrigada querido amigo Renato! Bjus