COM LICENÇA
Senta, puxa a cadeira do descaminho
nesta sala desprovida de vaidade.
Conversa, fala alto e sozinho.
Mostra a ninguém tua verdade.
Sem luz no fim do teu caminho
Morre, mata, entorna toda tua maldade.
Escreve em paredes e pergaminhos.
Nada te serve essa humildade.
Desajustado, busca um ninho.
Faz da indiferença vontade.
e do supérfulo necessidade.
Antes do fim, escreve um livro.
Em preto e cinza teu estandarte.
Sem efeito, gestos de caridade.