Loucura Sadia.
Absorvido em minha loucura,
Nada era tão perfeito para minha vida.
Jogava-me destemido
Sem medir riscos ou abrigos
Diante de qualquer perigo.
Minha emoção suplantava com gozo,
Imagens adoráveis de tempestades,
Saboreando cada retângulo inserido
Com doce apreço escolhido.
Deixava-me flutuar em minha insanidade,
Sonhos rasgados sem tecidos
Onde raios de furacões cortavam
Qualquer esforço de um sentido.
Criava situações intricadas,
Fazendo minha mente criar
Horrores que me faziam deliciar.
Não sou doente.
Apenas sou o que você chama de louco.
Mas minha loucura é tão sadia,
Que para mim,
A humanidade é a única doente,
Pois destrói tudo que cria.
Carlos.