Loucura Sadia.

Absorvido em minha loucura,

Nada era tão perfeito para minha vida.

Jogava-me destemido

Sem medir riscos ou abrigos

Diante de qualquer perigo.

Minha emoção suplantava com gozo,

Imagens adoráveis de tempestades,

Saboreando cada retângulo inserido

Com doce apreço escolhido.

Deixava-me flutuar em minha insanidade,

Sonhos rasgados sem tecidos

Onde raios de furacões cortavam

Qualquer esforço de um sentido.

Criava situações intricadas,

Fazendo minha mente criar

Horrores que me faziam deliciar.

Não sou doente.

Apenas sou o que você chama de louco.

Mas minha loucura é tão sadia,

Que para mim,

A humanidade é a única doente,

Pois destrói tudo que cria.

Carlos.

Carlos Neves
Enviado por Carlos Neves em 09/04/2009
Código do texto: T1530750
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