Arrogância!

Teus ou meus encantos

Esvaem-se na inútil soberba

Na mesma dose de proporção

Da arrogância com sua ação

Porque a nossa simplicidade

Perde espaço nessa maldade

Que é o oposto da caridade

Onde uma deusa vira plebéia

Só se vê ali uma tosca fachada

Até nos versos está disfarçada

É um sinônimo do ser dissimulado

Uma cabeluda mentira maquiada

Como mulher que antes foi amada

Mas que trocou um amor decente

Por uma paixão qualquer conveniente

E assim deixou de ser a convincente

É um troca-troca dos delinqüentes

Que se dão ao desfrute e desplante

Num deboche impuro à sadia poesia

Para viver um romance como vadia

O bom poeta capta por sinergia

O quanto é infeliz essa meretriz

Pela sua artificialidade noite e dia

Chora e espirra água como chafariz

Aí malandro! Não enxuga essa lágrima

Deixe jorrar... Pela face cruel e maligna

Prefira conviver... Com quem é digna

E procure amar quem não te engana

Ah! E poetize até encontrar quem te ama!

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 08/04/2009
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