(é a sombra de um sonho que não soube ser)

É a sombra mas poderia ser o silêncio

pode ser o avesso sonoro que vem a vida

presencia-se na declamação do pouco silêncio

onde em palavras sombras sugerem cantigas.

Canções nostálgicas de teu pouco silêncio.

Se soubesse calar-me diante de ti

diante de ti há muito brilho e ninar:

Haveria dor nas alusões das palavras

Sentiria pele a costurar montes

Manteria a matéria abstrata na tua essência dor

frio... frio... gélidos pedidos ao vento...

morte pura à destuir poderes que pairam no universo

igualdade ante tua presença quando distante

profusão do renascer diver-cidade

Por que há chuva e escuridão

quando me aparece?

Por que de choro no arrastar para teu regaço?

Periférico de uma inteligência nostálgica

Perto de teus olhos parto me distante

Sonho perdido não sabendo ser

Um pouco de sono deixa dormir

Em um sussurro

Aperto-me-te contra o peito.

“Os poetas não enlouquecem, os jogadores de xadrez sim.”

SB Sousa
Enviado por SB Sousa em 06/04/2009
Código do texto: T1524872
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