Inspiração silenciosa.

Vim correndo dos meus afazeres,

sentei numa cadeira,

peguei lápis e papel.

Uma coisa louca

movia-me por dentro,

perpetrei-me para externar.

Apontei a caneta no papel,

e...Parei.

Senti o meu rosto terno

dividindo-se em partes,

lembrei do mundo

que triste arde.

Meus olhos apagaram-se,

minhas faces empalideceram,

minha boca cerrou,

meu pensamento agora é máquina,

minhas orelhas surdas,

parecia uma mascara sem vida.

Encontrei ou não encontrei?

Já não sei se era para escrever,

a folha continuava em branco.

Suspeitei que estava confuso,

ao céu pedi perdão,

pois não sabia o que era

essa triste emoção.

Acabei não escrevendo,

mas entendi,

a minha silenciosa inspiração.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 07/05/2006
Código do texto: T151970
Classificação de conteúdo: seguro