Inspiração silenciosa.
Vim correndo dos meus afazeres,
sentei numa cadeira,
peguei lápis e papel.
Uma coisa louca
movia-me por dentro,
perpetrei-me para externar.
Apontei a caneta no papel,
e...Parei.
Senti o meu rosto terno
dividindo-se em partes,
lembrei do mundo
que triste arde.
Meus olhos apagaram-se,
minhas faces empalideceram,
minha boca cerrou,
meu pensamento agora é máquina,
minhas orelhas surdas,
parecia uma mascara sem vida.
Encontrei ou não encontrei?
Já não sei se era para escrever,
a folha continuava em branco.
Suspeitei que estava confuso,
ao céu pedi perdão,
pois não sabia o que era
essa triste emoção.
Acabei não escrevendo,
mas entendi,
a minha silenciosa inspiração.