Mascarada!
Nem sei bem definir...
O que por ela eu sentia
Era amor, era carinho?!
Tudo bonito e certinho
Uma louca admiração
Ternura sem afetação
Por ela eu pulsava emoção
Batia forte o meu coração
Ai começou a confusão...
Comecei a perder a noção
Entrei na seara da paixão
Fiquei cego, louco de devoção
E seu brilho foi logo esmaecendo
À medida que ia me aproximando
As suas garras foram me ferindo
Rasgando de leve a minha pele
Abria a carne e me sangrava
E quanto mais eu a avisava...
Surgia uma ou outra palavra
Gritada ou sussurrada, irada!
E foi matando e foi morrendo
Tudo àquilo que eu mais sentia
Foi se esvaindo e saindo... Partia!
Aqueles seus encantos murcharam
E eu sinto um vazio enorme
Fiquei com a alma disforme
Porque sincero era o amor
Que cultivei no maior ardor
Pelo menos ficaram os versos
Onde inteiro eu me confesso
Mesmo causando dor... Professo!
Lembrarei de ti só como quimera
Uma mulher que pensei ser musa
Depois ao retirar a 'maquiagem'...
Mostrou bem quem era de verdade
Quer saber? Teu nome é falsidade!
De ti não sentirei sequer saudades!
Hildebrando Menezes