Mascarada!

Nem sei bem definir...

O que por ela eu sentia

Era amor, era carinho?!

Tudo bonito e certinho

Uma louca admiração

Ternura sem afetação

Por ela eu pulsava emoção

Batia forte o meu coração

Ai começou a confusão...

Comecei a perder a noção

Entrei na seara da paixão

Fiquei cego, louco de devoção

E seu brilho foi logo esmaecendo

À medida que ia me aproximando

As suas garras foram me ferindo

Rasgando de leve a minha pele

Abria a carne e me sangrava

E quanto mais eu a avisava...

Surgia uma ou outra palavra

Gritada ou sussurrada, irada!

E foi matando e foi morrendo

Tudo àquilo que eu mais sentia

Foi se esvaindo e saindo... Partia!

Aqueles seus encantos murcharam

E eu sinto um vazio enorme

Fiquei com a alma disforme

Porque sincero era o amor

Que cultivei no maior ardor

Pelo menos ficaram os versos

Onde inteiro eu me confesso

Mesmo causando dor... Professo!

Lembrarei de ti só como quimera

Uma mulher que pensei ser musa

Depois ao retirar a 'maquiagem'...

Mostrou bem quem era de verdade

Quer saber? Teu nome é falsidade!

De ti não sentirei sequer saudades!

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 28/03/2009
Reeditado em 28/03/2009
Código do texto: T1509972